Apesar dele ter morrido em 1943 o trabalho dele está mais recente que nunca graças a toda essa discussão a respeito do aquecimento global. Existe até o termo Pigou Club rolando nos meios acadêmicos, mas divago.
O congressista americano John Dingell (famoso, aliás, por defender a causa da indústria automobilística) promete entrar com um projeto de lei que cria uma taxa sobre emissões de carbono nos EUA (de gasolina à eletricidade). O projeto é o sonho dos ambientalistas e de vários economistas, mas algo que certamente está aquecendo o debate por lá é o que acontecerá depois da instituição da taxa.
Estamos trocando uma ineficiência por outra? O mercado se mostra incapaz de regular as emissões de carbono, essa taxa visa corrigir isso. Mas com a taxa criasse um peso morto e a ineficiência permanece.
Pra onde vai o dinheiro arrecadado? Os valores serão provavelmente astronômicos já que a taxa individual tem que ser grande o suficiente pra desestimular as emissões, agregando todas essas taxas não-tão-pequenas temos uma bela cifra que tem que ir pra algum lugar. Mas já volto nesse assunto.
Os produtores naturalmente vão aumentar os preços e passar adiante os custos com o pagamento desse imposto e/ou investir em P&D para diminuir as emissões de carbono e pagar menos. Esses investimentos são obviamente o objetivo primordial da nova taxa mas talvez seja mais fácil simplesmente aumentar o preço mesmo...
O dinheiro arrecadado pode ser utilizado para fomentar pesquisas no intuito de reduzir emissões de carbono. Assim, gerando um incentivo para os produtores (pagar uma taxa menor) e incentivando a pesquisa ganha-se muito nessa batalha pela preservação ambiental.
Mas ainda assim o peso-morto permanece. Apesar disso essa solução até agora é a melhor que eu vi no assunto. Vamos ver se a lei passa e no que vai dar.